terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Líderes indígenas elaboram documento com reivindicações ambientais


Brasília - Cerca de 100 lideranças indígenas, pesquisadores e representantes de organizações não-governamentais encerraram hoje (23), em Belém, o encontro preparatório para o 9° Fórum Social Mundial (FSM).
Temas como mudanças climáticas e obras de infra-estrutura marcaram os três dias de debates, que teve início na quarta-feira (21).
Os líderes indígenas brasileiros elaboraram um documento com reivindicações para ser entregue no Fórum Social Mundial à Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia e da Região Andina.
Lideranças de nove países da Pan-Amazônia querem unir forças para dialogar com o governo e empresas com o intuito de evitar problemas ambientais.
Segundo o representante da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Marcos Apurinã, o objetivo do encontro preparatório era dar voz ativa e maior participação aos povos indígenas.
“Trabalhamos em defesa dos direitos dos indígenas e principalmente na defesa das florestas e da terra. Esse fórum serve para dizermos ao mundo que a Amazônia pede socorro e precisa ser preservada”, ressalta Apurinã.
Com as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), os indígenas temem que algumas comunidades sejam banidas de seu território " A criação de usinas hidrelétricas e estradas podem afetar a biodiversidade da Floresta Amazônica e o Rio Madeira.
Os grandes empresários e o governo garantem que as comunidades indígenas e a floresta não serão prejudicados. Mas os impactos ambientais são grandes e afetam não só as comunidades indígenas, mas todo o planeta”, pondera Marcos Apurinã.
A nona edição do FSM acontecerá entre os dias 27 de janeiro e 1° de fevereiro. Ao todo, 120 mil pessoas são esperadas para participar do encontro.
O objetivo do fórum é garantir o protagonismo e a massiva de representantes dos povos, movimentos sociais, das organizações e entidades representativas da sociedade civil e o diálogo e a convergência de suas lutas com os demais movimentos de todo mundo.
Fonte: Fundação Lauro Campo

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