CARAMURÚ, O GALEGO TUPINAMBÁ/ Doc./ 55 min./2010/ direção de Carlos Pronzato e Lois Pérez Leira
Diogo Alvarez Correa, o Caramuru, chega às costas de Salvador, Bahia (atualmente o bairro do Rio Vermelho), em 1509, logo de sobreviver a um naufrágio, todos seus companheiros morrem em mãos dos Tupinambás. Abateu um pássaro com um tiro certeiro e foi logo chamado de Caramuru, o "homem de fogo". Mas há outra versão: mulheres indígenas o teriam encontrado escondido nos rochedos e cuidaram dele salvando-lhe a vida. É que a palavra caramuru, em língua Tupi, também significa moréia, o peixe que se esconde nas rochas. Posteriormente Caramuru integra-se na vida dos indígenas e se torna um líder dos tupinambás tomando como esposa a filha do cacique Taparica: Paraguassú. Em 1549 foi colaborador fundamental do primeiro governador-geral do Brasil colonial, Thomé de Souza, na fundação da cidade de Salvador. Antes, em 1546, após ter se encontrado com Caramuru, o donatário da Capitania de Porto Seguro, Pero do Campo Tourinho, escreveu ao rei de Portugal: "...e ora sou informado por um Diogo Álvares, o Gallego, língua que lá era morador..." . Por causa dessa carta, historiadores espanhóis defendem a origem galega de Caramuru. A partir disto e através de depoimentos de estudiosos e personalidades interessadas no tema, o documentário passa em revista o período histórico da fundação da brasilidade assim como estabelece a origem de Caramuru.
Foram entrevistados:
Aninha Franco, dramaturga, escritora
Celene Fonseca, antropóloga
Consuelo Pondé de Sena, historiadora (Presidente do IGHB)
Dom Emanuel d'Able de Amaral, arquiabade do Mosteiro de São Bento, Salvador
Felipe Diez, linguista
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