quarta-feira, 15 de junho de 2011

Momo abre os braços sobre as matas

Blocos e bandas de carnaval de rua do Rio de Janeiro vão se reunir no próximo domingo, dia 19, em uma batucada em favor das matas brasileiras. Participe.

"Brasil, estas nossas verdes matas, cachoeiras e cascatas de colorido sutil
E este lindo céu azul de anil emolduram aquarela, o meu Brasil"


Assim falava a letra de Aquarela Brasileira, composta por Silas de Oliveira para o desfile do Império Serrano de 1964. Uma homenagem ao clássico Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, mas, sobretudo, uma exaltação à cultura e à natureza do nosso país. No próximo domingo, dia 19 de junho, o samba volta às ruas para enaltecer as matas que estão simbolizadas no verde da bandeira brasileira. No estandarte desse desfile – que acontecerá na avenida Atlântica orla do Rio de Janeiro – um Código Florestal que preserve nossas matas.  

O ponto de encontro é a praia de Copacabana, Posto 6, 10h da manhã. Lá estarão reunidos, no carro de som, ou no asfalto, músicos de diversos blocos e bandas de carnaval de rua da tradicional festa carioca – reunião que acontece em momentos históricos, tanto de luta, quanto de comemoração. Comfirmaram presença blocos importantes do carnaval de rua da cidade como o Simpatia é Quase Amor, Banda de Ipanema, Carmelitas e Imprensa que eu Gamo. Uma ala do Greenpeace também estará lá.

Eles pedem, a exemplo da grande maioria dos brasileiros, que o Senado corrija as aberrações que passaram pela Câmara dos Deputados na proposta do novo Código Florestal e garanta que o futuro das nossas florestas e da nossa produção de alimentos esteja assegurado por lei. Para participar do grito de carnaval pelas matas, basta comparecer, com a camisa do seu bloco, fantasia, ou simplesmente de verde. 

"Primeiro foram os ambientalistas a dizer que o novo Código Florestal era uma tragédia. Depois, a ciência. A população, aos poucos, foi tomando consciência disto. Hoje é um consenso:pesquisa do Datafolha acaba de comprovar que 79% dos brasileiros são contra a diminuição da proteção das florestas", diz Márcio Astrini, responsável pela campanha de Floresta do Greenpeace Brasil.

O movimento dos blocos e bandas preparou um manifesto, a ser lido antes do primeiro rufar dos tambores. Nele, falam do imenso patrimônio social que são nossas florestas, que faz de nós o país com maior biodiversidade do mundo e lembram que para crescer, o país precisa de desenvolvimento tanto quanto de conservação. (leia o manifesto )

No próximo domingo, vamos a avenida Atlântica, em Copacabana, de verde, dizer ao Congresso que o povo quer preservar nossas florestas e fazer da expressão mais popular da música brasileira, um grito de protesto em favor da nossa maior riqueza. "O asfalto como passarela será a tela do Brasil em forma de aquarela", concluiria o compositor Silas de Oliveira.

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