"Brasil, estas nossas verdes matas, cachoeiras e cascatas de colorido sutil
E este lindo céu azul de anil emolduram aquarela, o meu Brasil"
Assim falava a letra de Aquarela Brasileira, composta por Silas de Oliveira para o desfile do Império Serrano de 1964. Uma homenagem ao clássico Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, mas, sobretudo, uma exaltação à cultura e à natureza do nosso país. No próximo domingo, dia 19 de junho, o samba volta às ruas para enaltecer as matas que estão simbolizadas no verde da bandeira brasileira. No estandarte desse desfile – que acontecerá na avenida Atlântica orla do Rio de Janeiro – um Código Florestal que preserve nossas matas.
O ponto de encontro é a praia de Copacabana, Posto 6, 10h da manhã. Lá estarão reunidos, no carro de som, ou no asfalto, músicos de diversos blocos e bandas de carnaval de rua da tradicional festa carioca – reunião que acontece em momentos históricos, tanto de luta, quanto de comemoração. Comfirmaram presença blocos importantes do carnaval de rua da cidade como o Simpatia é Quase Amor, Banda de Ipanema, Carmelitas e Imprensa que eu Gamo. Uma ala do Greenpeace também estará lá.
Eles pedem, a exemplo da grande maioria dos brasileiros, que o Senado corrija as aberrações que passaram pela Câmara dos Deputados na proposta do novo Código Florestal e garanta que o futuro das nossas florestas e da nossa produção de alimentos esteja assegurado por lei. Para participar do grito de carnaval pelas matas, basta comparecer, com a camisa do seu bloco, fantasia, ou simplesmente de verde.
"Primeiro foram os ambientalistas a dizer que o novo Código Florestal era uma tragédia. Depois, a ciência. A população, aos poucos, foi tomando consciência disto. Hoje é um consenso:pesquisa do Datafolha acaba de comprovar que 79% dos brasileiros são contra a diminuição da proteção das florestas", diz Márcio Astrini, responsável pela campanha de Floresta do Greenpeace Brasil.
O movimento dos blocos e bandas preparou um manifesto, a ser lido antes do primeiro rufar dos tambores. Nele, falam do imenso patrimônio social que são nossas florestas, que faz de nós o país com maior biodiversidade do mundo e lembram que para crescer, o país precisa de desenvolvimento tanto quanto de conservação. (leia o manifesto )
No próximo domingo, vamos a avenida Atlântica, em Copacabana, de verde, dizer ao Congresso que o povo quer preservar nossas florestas e fazer da expressão mais popular da música brasileira, um grito de protesto em favor da nossa maior riqueza. "O asfalto como passarela será a tela do Brasil em forma de aquarela", concluiria o compositor Silas de Oliveira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário