terça-feira, 29 de julho de 2008

O P-SOL e as Eleições 2008

O P-SOL e as Eleições 2008

O processo eleitoral será para o PSOL uma batalha duríssima, como foram as eleições em 2006 e como são todas as frentes de lutas e campos de batalha onde nós, socialistas, atuamos com disciplina, solidariedade e combatividade a serviço da nossa classe trabalhadora.

É um momento em que a força da engrenagem do poder político-econômico-midiático mostra-se em toda sua descarada magnitude, promovendo o êxtase de carreiristas e aventureiros sem-vergonhas e garantindo a estabilidade e consolidação da monstruosa máquina capitalista esmagadora da dignidade humana e dos sonhos na grande maioria do nosso povo.

É nossa obrigação participar desse processo, conferindo continuidade às nossas lutas cotidianas nos movimentos sociais e na institucionalidade, e garantindo, também, nosso pequeno exército militante em ação nesse momento nacional de visibilidade da disputa de projetos, para o qual, queiramos ou não, a atenção do nosso povo está voltada. Para enfrentar as próximas eleições municipais, devemos reconhecer, humildemente, as nossas dificuldades organizativas, mas devemos, também, reconhecer as belas qualidades heróicas e raras da nossa militância e o respeito e carinho do nosso povo pelas lutas travadas por nosso Partido.

Não nos ajuda como partido, e nem jamais auxiliará a organização do nosso povo, participar das eleições com o medíocre manual do palavreado pedante das frases feitas, e sem estabelecer laços democráticos com as populações locais sobre projetos que possam melhorar as condições objetivas materiais e intelectuais das mulheres e homens, crianças, jovens e idosos que vivem no Brasil. Talvez, para oportunistas sectários ou esquerdistas que se contentam com a “revolução” nas mesas dos bares e da internet, pareça insignificante e conservador apresentar propostas concretas para administrações municipais viabilizarem alternativas na educação, saúde, geração de empregos no campo e na cidade, segurança pública, infra-estrutura e muitas outras que superem a indignidade em que estão jogadas milhões de pessoas em nosso país. Para nós, isso é fundamental porque sofremos com a dor do nosso povo; não nos contentamos com a análise pretensamente filosófica da barbárie sem apresentar alternativas para a real construção do socialismo.

Apresentar propostas concretas, que superem a dor humilhante das privações a que estão submetidos milhões de brasileiros, nos ajuda nessa construção, pois desmascara o modelo e os administradores do Capital, nos ajuda a formar conhecimento sobre aspectos de suposta sofisticação técnica na política econômica nacional que repercutem diretamente na vida cotidiana, potencializa as nossas lutas após o processo eleitoral, aumenta a permeabilidade do partido às lutadoras e lutadores do povo, que são belos exemplos de combatividade nas suas comunidades, enfim... só não se interessa mesmo por tudo isso, quem se contenta em proclamar aos outros que esperem o socialismo enquanto usufrui das “oportunidades” do maldito capitalismo, com teto para se abrigar, lençóis limpos como coberta, alimentos escolhidos, plano de saúde, escola privada para os filhos!

Vamos ao processo eleitoral com a maravilhosa alegria daquele não precisa conquistar riquezas, glórias e honrarias, mas que, quando está lutando, nos movimentos sociais ou nas eleições, renova a sua energia militante para desafiar a atração hipnotizadora do Capital, sem medo de ser socialista e livre de todas as amarras que nos impedem de viver e de amar!

HELOÍSA HELENA
Presidente Nacional do P-SOL

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