
Célia Hart, filha da revolução
Temos que lhes informar a triste noticia do falecimento da Célia Hart. Ocorreu no domingo, às cinco da tarde em Havana. Conduzia seu automóvel - um velho Wolswagen Fusca - com seu irmão, quando fatalmente bateu numa árvore. Seus restos estão sendo velados hoje em Havana.
Ela gostava de autodenominar-se como “uma filha da revolução cubana” já que efetivamente o era de dois grandes figuras dessa revolução. Sua mãe foi a única mulher que participou do assalto da Moncada, Haidee Santamaria e Armando Hart Dávalos que além de combatente foi durante muitos anos ministro da Educação.
Célia apareceu no cenário latino-americano e mundial quando não faz muito começou a escrever seus agudos artigos nos quais defendia as idéias do trotskysmo desde Cuba. Converteu-se assim em uma voz revolucionária que soube unir com agudeza a defesa da revolução cubana a partir de seu encontro com o novo processo anti-imperialista que se vive na América Latina. Dessa maneira soube abraçar as idéias do socialismo e o trotskysmo, compreendendo a atual realidade da luta de classes e seus processos progressivos da Venezuela, Bolívia e Equador.
Conhecemos a Célia há vários anos. Foi uma de nossas convidados internacionais ao Congresso do PSol. Seu contato com nosso partido a animou em seu entusiasta trabalho por unir-se com a esquerda revolucionária latino-americana que, sem dogmatismos, compreendia os novos processos que ocorriam em nosso continente. Reencontramo-nos com ela para o referendum constituinte venezuelano no qual se orgulhava de nos dizer que era a única observadora internacional cubana. Participamos de um ato e Seminário organizado por Maré Socialista na Venezuela. Foi durante esse processo quando se integrou à câmara de vereadores editorial da Revista da América no qual nós participamos com companheiros da Argentina e outros países Latino-americanos.
Em seu último articulo escrevia “Cuba sem o Fidel mas com suas idéias”. “Procurar as molas econômicas que melhorem nossa vida é mais que importante, é imprescindível, mas sem perder nada do alcançado: nem nossa 5,3% de mortalidade infantil, nem o mais de 77 anos de esperança de vida, nem o nível de quase 12º grau de escolaridade, nem a saúde…….” “Troquemos tudo o que deva ser trocado em Cuba, para que não troque o que não pode ser trocado, a não ser mortos. A profundização socialista da revolução, sem usar as armas trincadas do capitalismo, e um inclaudicavel internacionalismo, são o caminho. O futuro interminável da revolução mais linda está ali, sabendo por que fracassaram as demais e elevando o homem à condição de construtor da sua própria história e não de sua mera engrenagem”.
Célia, transmitia com alegria e otimismo suas idéias e projetos. Sua morte nos reforça no esforço revolucionário e internacionalista, no compromisso de continuar defendendo esse projeto y essas idéias socialistas que nos últimos anos levantamos em comum.
Pedro Fuentes, Roberto Robaina, Luciana Genro
Temos que lhes informar a triste noticia do falecimento da Célia Hart. Ocorreu no domingo, às cinco da tarde em Havana. Conduzia seu automóvel - um velho Wolswagen Fusca - com seu irmão, quando fatalmente bateu numa árvore. Seus restos estão sendo velados hoje em Havana.
Ela gostava de autodenominar-se como “uma filha da revolução cubana” já que efetivamente o era de dois grandes figuras dessa revolução. Sua mãe foi a única mulher que participou do assalto da Moncada, Haidee Santamaria e Armando Hart Dávalos que além de combatente foi durante muitos anos ministro da Educação.
Célia apareceu no cenário latino-americano e mundial quando não faz muito começou a escrever seus agudos artigos nos quais defendia as idéias do trotskysmo desde Cuba. Converteu-se assim em uma voz revolucionária que soube unir com agudeza a defesa da revolução cubana a partir de seu encontro com o novo processo anti-imperialista que se vive na América Latina. Dessa maneira soube abraçar as idéias do socialismo e o trotskysmo, compreendendo a atual realidade da luta de classes e seus processos progressivos da Venezuela, Bolívia e Equador.
Conhecemos a Célia há vários anos. Foi uma de nossas convidados internacionais ao Congresso do PSol. Seu contato com nosso partido a animou em seu entusiasta trabalho por unir-se com a esquerda revolucionária latino-americana que, sem dogmatismos, compreendia os novos processos que ocorriam em nosso continente. Reencontramo-nos com ela para o referendum constituinte venezuelano no qual se orgulhava de nos dizer que era a única observadora internacional cubana. Participamos de um ato e Seminário organizado por Maré Socialista na Venezuela. Foi durante esse processo quando se integrou à câmara de vereadores editorial da Revista da América no qual nós participamos com companheiros da Argentina e outros países Latino-americanos.
Em seu último articulo escrevia “Cuba sem o Fidel mas com suas idéias”. “Procurar as molas econômicas que melhorem nossa vida é mais que importante, é imprescindível, mas sem perder nada do alcançado: nem nossa 5,3% de mortalidade infantil, nem o mais de 77 anos de esperança de vida, nem o nível de quase 12º grau de escolaridade, nem a saúde…….” “Troquemos tudo o que deva ser trocado em Cuba, para que não troque o que não pode ser trocado, a não ser mortos. A profundização socialista da revolução, sem usar as armas trincadas do capitalismo, e um inclaudicavel internacionalismo, são o caminho. O futuro interminável da revolução mais linda está ali, sabendo por que fracassaram as demais e elevando o homem à condição de construtor da sua própria história e não de sua mera engrenagem”.
Célia, transmitia com alegria e otimismo suas idéias e projetos. Sua morte nos reforça no esforço revolucionário e internacionalista, no compromisso de continuar defendendo esse projeto y essas idéias socialistas que nos últimos anos levantamos em comum.
Pedro Fuentes, Roberto Robaina, Luciana Genro
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