Contra o golpismo fascista! Em defesa da Bolívia independente!
A direita reacionária boliviana, no poder dos departamentos da chamada “meia-lua”, fez uma ofensiva violenta contra o governo de Evo Morales. Empregando métodos do fascismo, atacaram e assassinaram mais de 30 camponeses em Pando com bandos armados, nos quais Evo tem denunciado inclusive a participação de pistoleiros peruanos e brasileiros. Nos outros departamentos semearam o terror assaltando dependências do governo nacional e agredindo os partidários do povo pobre que apóia Evo Morales. Os jovens da União Juvenil Santa Cruceña o fizeram em Santa Cruz usando como um dos seus símbolos, a cruz suástica.
Nesses departamentos se colocou no poder uma direita que, utilizando métodos fascistas, tem ganho setores de classe média sob a idéia da divisão do país para usufruir dos recursos naturais em sua região. Esta direita não parou desde que a Bolívia se uniu à Venezuela e começou o processo de nacionalização do gas e petroleo e elaborou uma nova constituição que favorece aos setores indígenas excluídos.
Os movimentos dos últimos dias são claros. Estão levando a situação ao limite, à beira da guerra civil para forçar a ingovernabilidade do país, derrubar o governo mediante o golpe militar ou levar a cabo a divisão do país. A negociação que estam fazendo agora não vai a mudar a essência de sua política.
Os golpistas podem recuar momentaneamente, mas não abandonarão sua estratégia já que seu projeto é irreconciliável com o povo boliviano. Eles são os representantes das classes dominantes associadas ao imperialismo, em uma zona na qual se encontram o gás e as grandes extensões de terra onde se desenvolve o agronegócio. Nem os Estados Unidos nem a grande burguesia do sul podem aceitar o governo de Evo Morales, que representam indígenas e camponeses que protagonizam um projeto nacionalista democrático e popular que defende reivindicações históricas dos indígenas, e avançam em uma política de recuperação dos recursos naturais e de independência do imperialismo.
Por isso hoje na Bolívia está em jogo o futuro da América Latina. Estes movimentos têm sido abertamente apoiados pelo embaixador Golberg dos Estados Unidos, que publicamente tem se manifestado com estes setores e que foi denunciado pelo governo de Evo por incentivar e promover o movimento golpista. Esta política dos Estados Unidos em América Latina não é nova. Quando ocorrem processos em países que se rebelam de seu domínio, os yankees recorrem aos golpes, como no Chile, e como voltou a ocorrer em 2002 na Venezuela. Agora novamente tantam passar à ofensiva sobre Chávez e Evo Morales. A recriação da IV Frota da Marinha dos EUA com a função de vigiar o Caribe e a América Latina é parte desta política para enfrentar os governos populares e nacionalistas que surgiram nos últimos anos.
Neste contexto se faz necessário dar todo o apoio à decisão dos governos de expulsar os embaixadores dos Estados Unidos de seus países. (Medida que Honduras também tomou, pois tem postergado o reconhecimento do embaixador yankee de seu país). As declarações do presidente Chávez foram absolutamente claras na defesa da Bolívia, afirmando que, se Evo é derrotado por uma ação militar golpista, o exército bolivariano intervirá para defendê-lo. Saudamos sua firmeza e determinação já que neste momento não existe meio termo. Temos que estar decididamente do lado do povo e do governo boliviano contra o golpismo dos separatistas e do imperialismo.
Por isso mesmo o Brasil tem que se pronunciar pela legitimidade das medidas tomadas pelo governo da Venezuela e Bolívia de retirar os embaixadores estadunidenses. A direita golpista e o imperialismo não passarão nem na Bolívia, nem na Venezuela, e nem em nenhum país da América Latina que seja independente dos ditames dos Estados Unidos.
Esse é o lugar que tem que ocupar o povo brasileiro neste conflito. É o momento de fortalecer uma frente antiimperialista de massas na América Latina, que permita derrotar a direita que quer terminar com os processos independentes de nosso continente.
Pedro FuentesSecretaria de Relações Internacionais do PSOL

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